Escolha de papa norte-americano foi estratégica e visa questões geopolíticas, diz teólogo

O mundo católico e cristão vive um novo capítulo com a eleição do papa Leão XIV. A escolha do nome, carregado de peso histórico e simbólico, acendeu discussões não apenas no Vaticano, mas entre líderes evangélicos e estudiosos da fé cristã. O novo pontífice assume a missão de conduzir a Igreja em um tempo de tensões globais, desafios éticos e transformações profundas na espiritualidade contemporânea.

“É um nome forte, com raízes em momentos decisivos da história da Igreja. A escolha de Leão XIV sinaliza um desejo de conciliação e de engajamento nas questões geopolíticas”, analisa o teólogo e professor Adriel Moreira Barbosa, doutor em Ciências da Religião, complementando que o novo papa foi ordenado cardeal pelo papa Francisco e que Leão XIV citou o papa Francisco em sua primeira manifestação pública.

Antes de Leão XIV, 13 papas levaram o nome Leão. O mais emblemático foi Leão I, chamado “Magno”, que enfrentou a ameaça de Átila, o Huno, e consolidou o papel do papa como pastor supremo do Ocidente cristão. Já Leão XIII entrou para a história como o primeiro papa moderno, ao publicar a encíclica Rerum Novarum, em 1891, que inaugurou a Doutrina Social da Igreja, em defesa da dignidade do trabalho e da justiça social.

Assumir esse nome é, portanto, mais do que um gesto de reverência ao passado — é uma mensagem ao mundo. “A Igreja Católica parece buscar equilíbrio entre tradição e atualidade. Essa tensão é permanente e necessária. O novo papa está dizendo: ‘continuaremos relevantes, sem romper com nossa raiz’”, destaca Barbosa.

Fonte: Comunhão

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