Celebração importante para a fé cristã, a Páscoa remete à fé, renovação e vida nova. Para os seguidores de Jesus, é o momento de relembrar a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, que padeceu na cruz. O madeiro é símbolo de dor, sacrifício e amor incondicional de Deus para a humanidade.
No entanto, ao longo do tempo, a cruz foi sendo aos poucos substituída por vitrines coloridas, ovos de chocolate, como também promoções irresistíveis. Ou seja, o consumismo ganha força e, muitas vezes, ofusca o verdadeiro significado e sentido da Páscoa.
A Páscoa, uma das celebrações mais importantes da fé cristã, tornou-se também uma das mais deturpadas em nossa geração. O pastor e teólogo Hernandes Dias Lopes alerta para essa distorção:
“Hoje, o comércio, o secularismo e o consumismo inverteram completamente o significado e o conteúdo da Páscoa. Substituíram o Cordeiro pelo coelho, e o sangue de Jesus pelo chocolate, que impulsiona uma corrida às lojas em busca do maior ovo.”
No entanto, ele ressalta que a verdadeira essência da Páscoa cristã nada tem a ver com o consumismo. Pelo contrário, ela remonta à libertação do povo de Israel da escravidão no Egito.
“Naquela ocasião, cada família sacrificou um cordeiro sem defeito e passou o sangue nos batentes das portas. O anjo da morte poupou os lares marcados pelo sangue, mas feriu os primogênitos egípcios. Esse ato foi um sinal da proteção divina e da redenção pela fé”, explica o pastor.
Essa história, segundo Hernandes, aponta diretamente para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Ele é o verdadeiro Cordeiro Pascal, que deu Sua vida na cruz para redimir a humanidade.
“A Páscoa aponta para a cruz, para o sacrifício de Cristo, cujo sangue traz perdão, livra da morte e oferece salvação eterna”, afirma o pastor. “Foi justamente durante a Páscoa que Jesus foi preso, julgado, crucificado e sepultado. Mas, ao terceiro dia, Ele ressuscitou, vencendo a morte.”
Por isso, conclui o pastor, a Páscoa não tem nenhuma relação com ovos de chocolate e as tradições comerciais. “A verdadeira Páscoa celebra a vitória de Cristo sobre a morte. É a festa da esperança, da redenção e da vida eterna.”
Verdadeira Páscoa
O pastor e teólogo Augustus Nicodemus concorda que o comércio utiliza a Páscoa como atração de consumo. “Coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.”
Em termos práticos, conforme o pastor, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares no Brasil: “Rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião”, ressalta Nicodemus. Por outro lado, podem aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira ou ainda usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.
O pastor lembra que a Páscoa, também, não é dia santo para os evangélicos. “Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos.”
O pastor diz que o foco deve ser eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém e Sua ressurreição no domingo de manhã. “Se ele não tivesse ressuscitado, Sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que Sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nEle creem.”
Fonte: Comunhão
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